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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Livro dos Espíritos, A. Kardec- Capítulo V - Da Lei de Conservação (718 a 727)

1) Conceito:
a- Privações voluntárias = consiste na renuncia conscientemente aos bens, favores, gozos, facilidades ou direitos a que se tem acesso ou posse natural e legítima, para se doar em benefício do próximo, quer para auxiliá-lo material ou espiritualmente.
b- Mortificações = a penitência, tal como a entendia Jesus, não consiste, porém, na reclusão em claustros, nos tormentos voluntários e em outras tribulações materiais. Ela consiste no arrependimento sincero, profundo e no propósito firme que a criatura se coloca de não tornar a cometer as faltas que a arrastaram à mísera condição humana, esforçando-se por repará-las.

718- A lei de conservação obriga o homem a prover às necessidades do corpo?
(O HOMEM TEM O DEVER DE SATISFAZER SUAS NECESSIDADES MATERIAIS, CUIDANDO DO CORPO FÍSICO COM EQUILÍBRIO E SE DEDICANDO A EVOLUÇÃO DOS VALORES ESPIRITUIAS ATRAVÉS DE UMA VIDA DE PROVAÇÕES.)
No plano carnal lutamos por uma vida com saúde e força (sobrevivência), sem elas se torna impossível manter o físico em condições dignas ao trabalho próspero do homem.

719- Merece censura o homem, por procurar o bem estar?
(SOMENTE O ABUSO DO HOMEM, FRENTE ÀS TENTAÇÕES, MERECE CENSURA. DEUS OBSERVA AS CONQUISTAS DE SEUS FILHOS POR MÉRITO PRÓPRIO.)
O bem-estar é um desejo natural. O Livro dos Espíritos esclarece que o homem deve evitar o abuso aos bens terrenos, que é ação contrária a Lei de Conservação[1], preservando a própria saúde do corpo, da alma e do próximo.

720- São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma expiação[2] igualmente voluntária?
(PRIVAÇÃO VOLUNTARIA PODE SE TORNAR UMA SOMBRA, UMA VISÃO FALSA SEM REALIDADE, APENAS UMA APARENTE EXPIAÇÃO.)
 “Faça o bem a vosso semelhante e mais mérito terás”. Só haverá merecimento nas privações voluntárias se o homem atender a caridade e com ação fraterna ao próximo.
Privar-se voluntariamente aos excessos e gozos inúteis levam os homens ao desprendimento do supérfluo elevando sua alma mediante valores morais.
a)      Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
Não há merecimento ou recompensa em privações que trazem idéias simuladas de orgulho e ostentação, que se pretende praticar sem que haja o objeto de auxílio amoroso e verdadeiro ao próximo, esse tende a se tornar alvo de zombaria depreciativa.
Autoflagelação - ato de causar flagelo a si mesmo, se castigar fisicamente. Tal atitude geralmente é motivada pelo sentimento de culpa (que leve a acreditar na necessitar de punição, neste caso por conseqüência de remorso...) ou então como uma forma de aliviar alguma dor (pode ser por depressão, stress);
Impulso à morte - suicídio;
Jejum - Jesus jejuava apenas para ficar sozinho e se concentrar totalmente em seu foco humano e não para matar nada em si.
Reclusão para orações
EXEMPLO: Fonte: http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/autoflagelo.htm
 721- É meritória, de qualquer ponto de vista, a vida de mortificações ascéticas[3] que desde a mais remota antiguidade teve praticantes no seio de diversos povos?
(EXISTEM POVOS QUE DESDE A ANTIGUIDADE ATÉ OS DIAS ATUAIS ACREDITAM SEREM MERECEDORES, AOS OLHOS DE DEUS, DE SE PURIFICAREM ESPIRITUALMENTE POR BASEAREM SUAS VIDAS EM PRIVAÇÕES E PENITÊNCIAS.)
Jesus disse que no mundo haveria muitas aflições, também disse que viver não é sofrer.
Ele nos ensinou que na Terra existem aflições, frustrações, injustiças, iniqüidades e dores inevitáveis, mas que devemos combatê-las com bom ânimo.
Há mérito nas privações ascéticas no que: “implica privar-se de gozos inúteis, desprendendo o homem da matéria e que eleva a alma. Sua vitória estará, sem dúvida, em resistir à tentação que arrasta o indivíduo aos excessos, ao gozo de coisas inúteis. E mais, é tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem.
Se a privação for um estado de egoísmo e vaidade ela será apenas uma falsidade, evidentemente uma ilusão.
Fonte: http://www.oconsolador.com.br/49/esde.html
Redenção de Cristo - à crucificação foi a punição de seu “eu” para dar lugar a um “eu rendido” ao amor. A crucificação e morte é o começo de uma nova jornada de fortalecimento e não de desistência pela vida. Aquele que segue a ação do Cristo se entrega a falsificação de “si mesmo” e a patrocínios ilusórios de sofrimento se achando o próprio mártir.

722- Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
(ALGUNS LÍDERES OU LEGISLADORES A PARTIR DE FINS PRÓPRIOS RESTRINGEM AUTORITARIAMENTE CERTOS ALIMENTOS AOS SEUS POVOS APRESENTANDO ESSAS LEIS COMO DE DEUS)
“É permitido ao homem alimentar-se de tudo que não lhe prejudique a saúde.”
A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. O homem tem que se alimentar conforme reclame sua necessidade.

723- A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?
(Tratando desse tema disseram os imortais na questão 723 dO Livro dos Espíritos: Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece.)
Muitas pessoas, quando passam a obter certo conhecimento espiritual, começam a abster-se de certos alimentos, principalmente a carne, por compreenderem que a ingestão de vísceras animais constitui comportamento contrário à lei da Natureza.
Emmanuel, contudo, nos alerta: “A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos”. (O Consolador, pergunta 129.)

A carne não é mais indispensável à vida nos dias atuais.

Não existe contradição entre a resposta consignada por Kardec e as lições de Emmanuel e Alexandre, porque entre Kardec e os dias atuais já se passaram mais de cem anos. Na época da Codificação, certamente não foi possível aos Espíritos Superiores dar outra resposta senão aquela. Há que considerar, também, o grau de evolução da Humanidade de hoje e o nível evolutivo da sociedade do Século XIX. À medida que o homem progride moral e intelectualmente, passa a ter horror ao sacrifício dos animais, mesmo para seu sustento. A descoberta de novas técnicas de produção e aprimoramento dos alimentos culmina por fazer desaparecer, gradativamente, os matadouros e frigoríficos.


724- Será meritório abster-se o homem da alimentação animal ou de outra qualquer, por expiação?

(TODO ALIMENTO QUE DEUS DISPONIBILIZOU NA NATUREZA É PARA BENEFÍCIO DO SER. HÁ MÉRITO SIM NA PRIVAÇÃO DE ALIMENTO DE ORIGEM ANIMAL, QUANDO O PRÓPOSITO ESTÁ NA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL E MORAL DO HOMEM. ESPÍRITOS EM SEUS RESPECTIVOS PLANOS ASTRAIS NECESSITAM DE ALIMENTOS DE MESMA VIBRAÇÃO ENERGÉTICA)
Sim, há mérito em praticar privações em benefício do outro ou visando seu crescimento espiritual, assim qualquer abstenção será útil aos olhos de Deus.
Atualmente a sociedade dispõe de tecnologia que permite ao homem ter saúde e qualidade de vida sem ingerir alimento de origem animal (possibilidade de acabar com matadouros e frigoríficos), fato esse que nossos antepassados não dispunham.
Certamente. Cada plano espiritual dispõe de provisões conforme a natureza de sua evolução. Por assim dizer seres de energias sutis consomem alimentos do mesmo padrão energético de seus corpos.
 “Faça o bem a vosso semelhante e mais mérito terás”. Só haverá merecimento nas privações voluntárias se o homem atender a caridade e com ação fraterna ao próximo. (ITEM 720)

725- Que se deve pensar das mutilações operadas no corpo do homem ou dos animais?
(DEUS NÃO SE SENSIBILIZA COM O SOFRIMENTO DE SUAS CRIATURAS SEM QUE HAJA NELAS CRESCIMENTO MORAL E ESPIRITUAL)
Primeiramente, perguntar-se qual a necessidade da mutilação, de que ela é útil e o que ela traz de positivo para o ser. Deus não se agrada com o que é inútil, nocivo, torturante e desagradável aos seus filhos. Ele só sensibiliza com atos que eleve moral e espiritualmente a alma, que traga conhecimento valoroso e nobre da dor sentida através das privações e abstenções sem ódio, orgulho e sem lamentações.

726- Visto que os sofrimentos desse mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?
(SOFRER VOLUNTARIAMENTE PARA SEU PRÓPRIO BEM É EGOÍSMO, MAS SUPORTAR COM PACIÊNCIA, RESIGNAÇÂO E TOLERÂNCIA PELOS OUTROS É CARIDADE.)
Somente os sofrimentos naturais nos elevam porque vem de Deus.
De nada serve provocar em si mesmo mazelas por conta própria, a não ser que sejam com o propósito de trabalhar pelo bem estar do outro.
Supondo adiantar seu progresso espiritual alguns fanáticos de seitas religiosas abreviam a própria vida, mediante a rigorosa pena sobre-humana. Ao invés de usá-la para o alívio dos infelizes, consolar os que choram e cuidar dos enfermos transformando suas vidas em objeto vivo e útil a humanidade.

727- Uma vez que não devemos criar sofrimentos voluntários, que nenhuma utilidade tenha para outro, devemos cuidar de preservar-nos dos que prevejamos[4] ou nos ameacem?
(O INSTINTO DE CONSERVAÇÃO CONTRA O PERIGO E O SOFRIMENTO FOI DADO POR DEUS A TODAS AS CRIATURAS. NÃO PERMITA CORROER SEU CORAÇÃO EM MALES DESNESSÁRIOS. MUITO MAIS SERÁ FEITO POR SEU ADIANTAMENTO ESPIRITUAL DO QUE FLAGELANDO SEU CORPO COM RIGOR.)
Estimule e eleve seu espírito para o bem DIVINO. Sim, se renda a sacrifícios, arrependa-se do seu orgulho e sufoque seu egoísmo. Não torture o seu corpo.

[1] É a capacidade do ser em produzir e usufruir com sabedoria dos recursos da natureza e manter ambos equilibrados sem direcionar seus objetivos apenas ao conforto material.
[2]  Sacrifício voluntário, cumprir pena ou castigo devido delito, sofrer conseqüências de algo, purificação.
[3] Pessoa que se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa com penitência dos sentidos, ou pessoa de sã moral e vida irrepreensível.
[4] Ver com antecipação, prever, supor.

Um comentário:

Lis Bastos disse...

Palestra a ser apresentada na Casa Umbandista de Caridade, na fé e no amor A Tenda dos Arcanjos, no dia 30 de Abril de 2011, com o tema: A Lei de Conservação,Cap.V; Allan Kardec.Livro dos Espíritos,pg.421.
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Deus ilumine a todos!